O Curso tem como objetivo propiciar aos alunos condições para atenderem clientes em Psicoterapia Comportamental, sob uma perspectiva denominada Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR). A TCR propõe essencialmente que tudo que interessa ao psicoterapeuta – comportamentos e sentimentos – é determinado por contingências de reforçamento. O terapeuta comportamental se interessa sim pelos comportamentos e sentimentos do seu cliente, mas, de fato, lida com as contingências de reforçamento das quais tais comportamentos e sentimentos são função. O modelo de determinação de comportamentos adotado é o da seleção do comportamento pelas consequências que produz – modelo biológico inspirado em Darwin, completamente distinto de quaisquer outros modelos explicativos mecanicistas adotados na Psicologia. O aluno terá, como fundamentos para a atuação clínica, formação no Behaviorismo Radical de B. F. Skinner e na Ciência do Comportamento. O Behaviorismo Radical preparará o aluno para compreender a concepção de Ser Humano subjacente à proposta de trabalho clínico que desenvolvemos e o colocará em contato com um novo paradigma sobre a natureza do comportamento humano. A Ciência do Comportamento fornecerá dados comportamentais coletados através de rigorosa metodologia e procedimentos cientificamente testados para instrumentar o aluno a intervir no processo de desenvolvimento de seu cliente.

O Curso visa também a que os clientes se beneficiem com a intervenção dos psicoterapeutas, ou seja, alterem comportamentos e sentimentos indesejados, através de intervenções nas contingências às quais vêm respondendo, reduzindo as contingências coercitivas e substituindo-as por contingências reforçadoras positivas amenas.

O aluno deverá adquirir repertórios apropriados de comportamentos nas seguintes áreas e atividades:

1. relacionamento com o cliente;

2. identificação dos comportamentos-problema do cliente;

3. análise conceitual das contingências de reforçamento determinantes dos 
comportamentos-alvo;

4. seleção e aplicação de procedimentos psicoterapêuticos;

5. avaliação dos resultados da intervenção;

6. integração da atuação psicoterapêutica com o referencial teórico do Behaviorismo Radical e da Análise do Comportamento;

7. descrição oral, na atividade de supervisão, dos comportamentos emitidos nas sessões pelo cliente e pelo próprio psicoterapeuta;