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Volume 31 - 17/06/09

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O que é reforçamento? (pergunta enviada ao Jornal Sinal Verde)

Comportamento é a relação ou interação existente entre eventos ambientais (estímulos) e atividades do organismo (respostas).

As respostas podem ser classificadas em dois grupos: aquelas que são observadas pelo organismo que se comporta e por mais de um observador de forma independente, e as que não são observadas por mais de um observador. Os estímulos ambientais referem-se à situação na qual o responder ocorre (estímulos que antecedem a resposta) e aos estímulos que seguem a resposta e são produzidos por ela (estímulos que consequenciam a resposta).

Ao falarmos da relação entre resposta e sua consequência e entre a resposta e os estímulos que a antecedem e que estavam presentes na ocasião em que a resposta foi reforçada, falamos de comportamento operante, cuja unidade básica de descrição é a tríplice contingência: ocasião em que a resposta ocorre - resposta - consequências reforçadoras.

Estímulo reforçador é o estímulo envolvido na relação que segue a resposta, é produzido por ela e aumenta a probabilidade de ocorrência de respostas da mesma classe daquela que o produziu.

Ao classificarmos o estímulo reforçador quanto ao tipo de mudança que segue a resposta chegaremos ao conceito de reforçamento - um procedimento que nomeia a relação existente entre um estímulo reforçador e o aumento na freqüência da resposta que produz tal apresentação.

No reforçamento positivo a resposta é seguida pela apresentação de um estímulo reforçador positivo contingente à emissão da resposta. Respostas de mesma classe são fortalecidas.

Exemplo de reforçamento positivo:

SD R Sr+
Presença da melhor professora da escola / Dia de apresentação de trabalho Apresentar um trabalho de acordo com as normas estabelecidas Professora comenta que o trabalho estava muito bem feito

No reforçamento negativo a resposta é seguida pela retirada, enfraquecimento ou adiamento de um estímulo reforçador negativo contingente à emissão da resposta. Neste caso, respostas com a mesma classe são fortalecidas.

pré aversivo S R Sr-
Ruído intenso de construção Fechar a janela dos quartos O som da construção é eliminado

Najara Karine Salomão Pereira

Najara Karine Salomão Pereira
CRP: 06/82656
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento

Jornal - Sinal Verde
Eu gostaria de saber como a Análise do Comportamento entende a família. Como se dá uma terapia familiar? (pergunta enviada ao Jornal Sinal Verde pela estudante de Psicologia Rosimeire, de São Paulo - SP)

A família é uma célula de um grupo maior, que é a comunidade, a sociedade em que vivemos. A família representa o primeiro e mais importante modelo de convivência que é apresentado ao ser humano. Ao nascer, a criança é inserida numa família, onde, espera-se, será cuidada, aprenderá limites e, por que não, participará de conflitos. Se, ao passar por tais experiências, a criança sentir-se amada, estará desenvolvendo um repertório de comportamentos e sentimentos positivos para lidar com os eventos de sua vida com o melhor resultado possível para si mesma, para os que a cercam e para a sociedade de maneira geral. Existe benefício maior para um ser humano (e também para sua família) do que fazer parte de um ambiente que lhe propicie desenvolver sentimentos como auto-estima, autoconfiança, responsabilidade e tolerância à frustração? E é a família o ambiente com maior possibilidade de atingir tal objetivo. É na família que a criança adquire os valores morais e os padrões de conduta que a instrumentalizarão para lidar com outras influências que virá a receber, seja na vida escolar, no convívio com os companheiros, através dos meios de comunicação etc.

Algumas pessoas argumentarão que existem, atualmente, diferentes modelos de família. Tal fato, no entanto, em nada altera a função que a família tem, ou deveria ter, na formação dos filhos. Pais separados, por exemplo, deixam de ser marido e mulher; não deixam, porém, de ser pai e mãe.

Quando os filhos já são crescidos, ainda assim se mantêm muitos dos vínculos familiares e a rede de interações entre seus vários membros. Quer tais interações sejam positivas, adequadas, quer sejam desagregadoras ou coercitivas, o que é certo é que sua influência sobre os membros da família se mantém. Nesse sentido, poderíamos dizer que toda terapia é, também, uma terapia familiar. Se uma pessoa inicia um processo terapêutico e tal processo começa a apresentar os resultados esperados, há um desenvolvimento da pessoa envolvida. Com isso, a pessoa, no caso o cliente da terapia, passará a atuar sobre seu ambiente (que inclui muito especialmente seus familiares) de novas maneiras. Esses comportamentos novos que o cliente passa a apresentar, por sua vez, terão o efeito de fazer com que as pessoas com as quais o cliente convive também passem a apresentar novos comportamentos e sentimentos na interação com ele.

Outro ponto de envolvimento da família no processo terapêutico acontece quando o cliente é uma criança ou adolescente. Quando um terapeuta atende uma criança, tem, necessariamente, de orientar os pais ou as pessoas diretamente envolvidas no dia-a-dia daquela criança. Nesse caso, embora o cliente seja a criança, os responsáveis por ela também terão sessões com o terapeuta, às vezes com a presença da criança (como no caso de o terapeuta ter que demonstrar a aplicação de um procedimento) e, outras vezes, em sessões individuais para troca de informações e orientação.

Diferentes abordagens têm diferentes modelos de terapia familiar. Mesmo se nos restringirmos aos analistas de comportamento, certamente será possível encontrar formas diferentes de conduzir o processo terapêutico que envolve mais de um membro da mesma família.

Vários membros de uma família podem estar em terapia sem que isso represente uma terapia familiar (a não ser no sentido acima apresentado). São pessoas com relação familiar entre si, mas que procuram terapia por diferentes motivos, com queixas independentes, individuais. Por outro lado, há ocasiões em que vários (ou todos) os membros de uma família têm que lidar com um problema que afeta a todos, como a doença grave de um familiar, uma perda trágica etc. Nesse caso, é possível que um terapeuta assuma o processo terapêutico, atendendo à pessoa mais diretamente envolvida com o problema e orientando os demais à medida que for necessário. No entanto, é mais comum que cada membro da família tenha o seu terapeuta, preferencialmente profissionais que trabalhem juntos, compartilhem dos mesmos pressupostos teóricos e que possam conversar entre si sobre as questões que afetam a família como um todo, mas cada qual preservando as questões individuais do seu cliente.

Como já disse, mesmo entre analistas de comportamento é possível encontrar outros modelos de atendimento familiar. É essa, no entanto, a maneira como trabalhamos aqui no ITCR.


Noreen Campbell Aguirre

Noreen Campbell Aguirre
CRP: 06/74855
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR Campinas
Diretora do ITCR-Campinas

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Atenção! Alteração de Data do Evento
I Encontro de Atualização em Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) - 27/junho/2009

Informações e inscrições:www.terapiaporcontingencias.com.br

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Projeto CONVIVER

Informações:www.terapiaporcontingencias.com.br

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Intervenção Comportamental com Indivíduos Autistas

Informações:www.terapiaporcontingencias.com.br

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PARA PENSAR

Esse é o nome da nova seção do site ITCR - Terapia por Contingencias de Reforçamento.Clique aqui para maiores informações

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O problema prático na continuidade da luta pela liberdade e pela dignidade não é a destruição de forças controladoras, mas sim a sua modificação, para criar um mundo no qual as pessoas cheguem a conquistas nunca antes alcançadas, na arte, música, literatura, ciência, tecnologia e, acima de tudo, no gozo da vida.

(B. F. Skinner, 1978, Reflections on Behaviorism and Society)

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Encontros para Pais de Crianças em Idade Escolar

Informações no site: www.terapiaporcontingencias.com.br

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Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento

Rua Josefina Sarmento, 395, Cambuí - Campinas - SP
Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
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