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Volume 26 - 06/02/09

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Clientes com o mesmo diagnóstico passam pelo mesmo processo psicoterapêutico?

Não! Pessoas diferentes não podem ser tratadas da mesma maneira.

Os problemas psicológicos das pessoas apenas muito genericamente se assemelham. Por exemplo, duas pessoas rotuladas como depressivas terão em comum uma supressão no repertório operante presente; no entanto, seus repertórios comportamentais globais - frutos das diferentes histórias de contingências a que foram expostas durante o processo de desenvolvimento de cada uma - serão amplamente diferentes. Como tal, suas capacidades para enfrentar as vicissitudes da vida, que lhe impuseram o estado depressivo, serão diferentes. Também terão em comum uma redução no valor reforçador positivo e um aumento na função aversiva dos eventos. No entanto, a gama de eventos reforçadores positivos às quais uma pessoa responde é diferente da amplitude de reforços que influenciam uma outra pessoa. Da mesma maneira, os repertórios para enfrentar os elementos aversivos da vida, eliminando-os ou enfraquecendo-os, são diferentes entre elas. A tolerância às frustrações não é a mesma. As relações que o ambiente social estabelece com cada pessoa também variam: uma pode ter um grande número de pessoas com as quais convive e que lhe são fonte de reforçadores, aconchego, companhia, enquanto outra pode ser pobre em todos esses itens. Conclui-se que duas pessoas depressivas são mais diferentes entre si do que semelhantes. Usar um conceito diagnóstico que as assemelhe entre si é perigoso e, possivelmente, incorreto. Como usar os mesmos procedimentos psicoterapêuticos com pessoas com repertórios comportamentais, com afetos, com condições sociais etc. tão diferentes? Cada cliente precisa ser analisado e ajudado do ponto de vista de sua peculiaridade, que não se repete jamais em outro ser humano. As dessemelhanças não ferem a evidência de que há princípios comportamentais básicos, há leis que estão bem estabelecidas sobre o funcionamento comportamental humano, que instrumentalizam a ação psicoterapêutica, desde que o profissional desvende as peculiaridades de cada cliente e aplique procedimentos criativos e individualizados, que têm competência em cada caso. Pode-se afirmar, então, que a TCR impõe que os tratamentos psicoterápicos sejam idiossincráticos, em consonância com as leis estabelecidas que regem o comportamento humano. (Os comentários acima não se estendem aos diagnósticos médicos.)


Hélio José Guilhardi

Hélio José Guilhardi
CRP: 06/918
Mestre em Psicologia Experimental pela USP
Diretor do ITCR-Campinas

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Quais são os maiores motivos de procura em atendimento clinico infantil? (pergunta enviada ao Jornal Sinal Verde por Gilcimara Souza Pinto, Cascavel, PR)

Atualmente, os principais motivos de encaminhamento de crianças para psicoterapia são: dificuldades apresentadas na escola (sejam elas em relação ao conteúdo acadêmico ou ao relacionamento da criança com os demais), agressividade, birra, timidez e dificuldades na interação social. Há ainda aquelas que são encaminhadas por apresentarem problemas mais específicos como fobias, distúrbios alimentares, encoprese ou enurese, mutismo seletivo etc.

É importante ressaltar que o profissional analista do comportamento não vai trabalhar exclusivamente com a queixa ou o diagnóstico médico da criança em questão. A queixa é apenas o ponto de partida para a investigação. A partir das entrevistas com pais, escola e com a criança, o psicoterapeuta comportamental tem condições de descrever, analisar e interferir sobre as contingências responsáveis pelas dificuldades daquela criança. A partir disso, os objetivos psicoterapêuticos são definidos e procedimentos são elaborados. Na psicoterapia infantil a participação dos pais e, em alguns casos, da escola é de extrema importância, já que são eles que terão condições de modificar as contingências em vigor no contexto natural para que as mudanças sejam produzidas e mantidas.


Priscila Ribeiro

Priscila Maria de Lima Ribeiro
CRP: 06/83052.
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento- ITCR Campinas

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Abertas as inscrições para a Turma 2009 do Curso de Especialização em Psicologia Clínica: Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR)

Informações:www.terapiaporcontingencias.com.br

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PARA PENSAR

Esse é o nome da nova seção do site ITCR - Terapia por Contingencias de Reforçamento.Clique aqui para maiores informações

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Quanto mais a pessoa dura, mais dores e alegrias ela vivencia. São os comportamentos que ela emite que contribuem para que prevaleça dor ou bem estar.

(Hélio J. Guilhardi, 2008)

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Encontros para Pais de Crianças em Idade Escolar

Informações no site: www.terapiaporcontingencias.com.br

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Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento

Rua Josefina Sarmento, 395, Cambuí - Campinas - SP
Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
Clique aqui para entrar em contato

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