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Volume 11 - 11/02/08
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Para o behaviorismo radical quais são os fatores motivacionais de um trabalhador dentro de uma organização? E como aplicar o behaviorismo radical dentro de uma empresa?
(Pergunta enviada pelo estudante de Psicologia Paulo Geovani Iberti Jabaly Salvador-BA)
Para o behaviorismo radical processos motivacionais são o mesmo que operação estabelecedora que por sua vez é definido como "...um evento ambiental, operação ou condição de estímulo que afeta um organismo alterando momentaneamente (a) a efetividade de outros eventos reforçadores e (b) a freqüência de ocorrência daquela parte do repertório do organismo relevante para aqueles eventos como conseqüências."(Michael, 1993, p.192). Explicando: Evento reforçador é a conseqüência que tendo sido produzido pelo comportamento aumentará a probabilidade e a freqüência do mesmo acontecer novamente dadas as mesmas condições. Operação ou condição de estímulo diz sobre a privação, ou o não acesso do individuo ao evento reforçador, que alterará momentaneamente o valor reforçador do mesmo. Ou seja, se o individuo não pode ter acesso ao evento reforçador dizemos que ele está privado deste, e o valor deste reforçador será momentaneamente maior para o individuo evocando os comportamentos que produzam tal reforçador. Dizemos que eventos reforçadores primários são aqueles filogeneticamente determinados, ou seja, são próprios da evolução da espécie não há necessidade de aprendizagem dos mesmos para o indivíduo e são, entre outros: água, calor, alimento, sexo. Eventos reforçadores secundários são ontogeneticamente determinados, são estabelecidos a partir da história de vida do individuo. Dizemos que estas duas classes de reforçadores vão selecionar e manter os comportamentos das pessoas, isso quer dizer que havendo uma operação estabelecedora de privação de um reforçador primário este terá seu valor reforçador momentaneamente alterado e evocará os comportamentos para sua obtenção. O mesmo se dá com um reforçador secundário. Temos aí dois níveis de seleção de comportamento, o primeiro baseado em reforçadores filogeneticamente determinados e o segundo em reforçadores ontogeneticamente determinado. Um terceiro nível de seleção de comportamento é a Cultura, que é um conjunto de comportamentos, condições, procedimentos - contingências de reforçamento, enfim - do qual emergem regras e valores sociais que determinam o que é reforçador ou não para um grupo de pessoas. Numa organização os três níveis de seleção estarão operando em qualquer individuo, vejamos. O individuo está trabalhando porque necessita prover a si próprio, e talvez à sua família, água, alimento, calor, reforçadores primários, primeiro nível de seleção. Também, comprar seu cigarro, seu DVD, fazer sua viagem, pagar seus estudos, reforçadores secundários, segundo nível de seleção. Ainda, seguir a filosofia da empresa, que no mundo Corporativo é conhecido como Cultura Organizacional que define o que a empresa valoriza, motivo pela qual a empresa foi criada o que significa dizer aquilo que ela produz, e também a maneira como deverá produzir, temos aí reforçadores culturais selecionando comportamentos. Uma organização deveria manejar todos os níveis de seleção apropriadamente de modo a promover constantemente os comportamentos de seus funcionários, ou colaboradores, na busca dos reforçadores dos três níveis de seleção. Para isso os Superiores devem conhecer bem seus subordinados para que possam saber o que é reforçador para os mesmos num segundo nível de seleção, ou seja, saber o que a história de vida do subordinado estabeleceu como reforçador. Devem saber também o que é importante para a organização e como evocar comportamentos dos subordinados que tenham como conseqüência aquilo que a organização valoriza. Os reforçadores devem satisfazer a funcionários e à Empresa, pois o desequilíbrio em favor de qualquer um dos lados pode levar a um descompasso das relações recíprocas e, afinal, gerar perdas irreversíveis e indesejáveis para ambos os lados. Os funcionários devem ter acesso, ao lado de reforçadores arbitrários, a reforçadores naturais decorrentes das atividades e interações que têm dentro do ambiente de trabalho. É a diferença entre reforçadores que (apenas) fortalecem comportamentos e reforçadores que (adicionalmente) produzem satisfação e bem-estar.Um nível de remuneração que garanta a obtenção de reforçadores primários para o trabalhador, clareza de objetivos da empresa, boa comunicação, esquema de reforçamento que garantam a freqüência do comportamento, possibilidade efetiva de produção de reforçadores a partir dos comportamentos, (não adianta o sujeito-experimental, numa condição de pesquisa pressionar a barra e não haver água no reservatório para ser liberada), se essas contingências forem adequadamente manejadas, é provável que promovam o comportamento acontecendo em alta freqüência mantendo a motivação dos trabalhadores. Com relação a como aplicar o behaviorismo radical na empresa, vejo que toda essa análise, mais o manejo correto das contingências e das operações estabelecedoras é aplicação do behaviorismo radical na empresa.
Moises Krahenbuhl
CRP: 06/33531-2
Cursando Especialização em Terapia por Contingências de Reforçamento
Como identificar que uma criança precisa de terapia?
É indicado que uma pessoa procure terapia quando está sofrendo e sozinha não consegue lidar com suas dificuldades ou quando esta produz sofrimento aos que estão à sua volta. Adultos podem procurar terapia por iniciativa própria ou pela indicação de conhecidos ou outros profissionais. Na maioria das vezes, a própria pessoa consegue discriminar que precisa de ajuda. Quando se trata de criança, o processo de busca de terapia segue outro caminho. A indicação é a mesma: a produção de sofrimento para si ou para os outros. Entretanto, a criança sozinha não consegue pedir ajuda. Por isso, os pais, a escola e as pessoas que convivem com ela precisam estar sempre atentos. As queixas podem ser as mais variadas possíveis: dificuldades em aprender, agressividade, timidez excessiva, ciúme entre irmãos, dificuldades alimentares, oposicionismo exagerado, problemas para dormir, medos etc. A partir do relato dos pais, das informações vindas da escola e de observações da criança, o terapeuta poderá identificar as contingências que estão produzindo as dificuldades da criança. É essencial que os pais fiquem atentos a mudanças no comportamento de seu filho, pois elas podem ser indicativos significativos da necessidade de se buscar ajuda.
Priscila Maria de Lima Ribeiro
CRP: 06/83052.
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento- ITCR Campinas
ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A TURMA 2008 DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA COMPORTAMENTAL - TERAPIA POR CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO
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"Um ambiente físico e cultural diferente fará um homem diferente e melhor."
(Skinner, 1989, Recent Issues in the Analysis of Behavior, p.84)
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