Diálogo com a comunidade - Jornal Sinal Verde

um canal de comunicação com a comunidade

Volume 1 - 08/08/2007

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Apresentação do Jornal

Esta é a primeira edição do nosso Jornal Virtual do ITCR Campinas! Estamos criando um canal de comunicação entre a comunidade e os profissionais-psicólogos do ITCR Campinas para responder perguntas e sanar dúvidas sobre problemas do cotidiano e da psicologia.

Hélio José Guilhardi

Hélio José Guilhardi
CRP: 06/918
Graduação: Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCamp
Mestre em Psicologia Experimental pela USP

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Perguntas dos leitores:

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O que é stress? Quais os benefícios da terapia?

Vivemos num mundo onde determinados termos são usados como sinônimos por diferentes pessoas em diversas situações. Um deles é o stress.

A criança diz:"não posso nem olhar para minha mãe, ela vive estressada"; o adolescente reclama: "minha casa está puro stress"; a dona de casa queixa-se: "não sei se é a TPM, mas ando num stress..."; o executivo reclama: "preciso urgentemente fazer algo, não suporto mais este stress"...

Como observamos nas diferentes queixas, as pessoas consideram o stress como algo que vem de "dentro" dela e contra o qual tem que lutar.

Para nós, psicoterapeutas, que trabalhamos na abordagem chamada Terapia por Contingências de Reforçamento, o stress ou nervosismo são termos utilizados pela comunidade verbal para descreverem determinados estados corporais que produzem certos sintomas. Porém, somente a descrição da situação na qual a pessoa fica estressada não é suficiente. Precisamos analisar as contingências de reforçamento que estão controlando e mantendo o comportamento " estressado". Como se pode ver, o critério não é o estado corporal e sim as contingências de reforçamento.

Nas queixas acima descritas, as pessoas não relacionam os estados corporais com a atuação de contingências coercitivas que estão presentes em suas vidas e acabam produzindo comportamentos de fuga-esquiva e ao mesmo tempo eliciando respostas respondentes (aumento dos batimentos cardíacos, pressão no peito etc). Devido a essa dificuldade de discriminação, elas ficam mais sob controle das reações respondentes, que acabam tendo a função de um pré- aversivo, ou seja, "um aviso de que algo ruim virá". Sendo assim, conhecendo-se as contingências de reforçamento, o psicoterapeuta poderá identificar os déficits ou excessos comportamentais envolvidos na queixa apresentada e assim ajudar o cliente a identificar e descrever as relações funcionais entre os comportamentos e as variáveis ambientais presentes. Desta maneira, os comportamentos inadequados são possíveis de serem tratados e modificados na direção em que for mais benéfico à pessoa, visando uma melhor qualidade de vida.

Todos nós somos afetados direta e indiretamente por acontecimentos no nosso dia-a-dia, sobre os quais não temos controle. É o trânsito, a violência, o desrespeito com o ser - humano. Tudo isso nos afeta. Porém, uns conseguem um grau de controle maior do que outros. Porque será que isso ocorre?

Podemos encontrar essa resposta analisando a história de vida da pessoa, ou seja, como ela "aprendeu" a lidar e enfrentar as situações difíceis que a vida lhe impôs e quais as conseqüências que obteve nesse enfrentamento. Se forem positivas, provavelmente essa pessoa futuramente saberá lidar melhor com situações adversas em sua vida; caso contrário ela apresentará um déficit de repertório que dificultará esse enfrentamento. A isso chamamos história de contingências.

Concluindo: nossos comportamentos são produtos de nossa história de contingências e das contingências atuais em operação. Mudando-se as contingências, alteramos o comportamento. Esse é o grande benefício da psicoterapia.

Conceição Aparecida dos Santos Covre Batista

Conceição Aparecida dos Santos Covre Batista
CRP: 06/ 8170
Graduação: PUC - SP
Especialista em Psicologia Clínica - PUCCamp
Cursando Especialização em Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR - Campinas

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O que devo ter em conta para escolher um psicólogo?

Muitos de nós, em determinados momentos de nossas vidas, sentimos a necessidade de buscar auxílio em um profissional e não apenas em um amigo ou parente, para que nos ajude a encontrarmos possíveis soluções ou alternativas para enfrentarmos nossos problemas e dificuldades cotidianas; nessas ocasiões, o profissional ideal para ser procurado é um psicólogo, no entanto, nem sempre é uma tarefa fácil escolher um.

Ao escolher um psicólogo, um critério útil, pode ser a indicação de um profissional-psicólogo por algum amigo, parente, colega de trabalho ou até mesmo por um médico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta etc. Este critério pode ser interessante porque, dessa maneira, o futuro cliente (aquele que está procurando por um psicólogo), já pode ter uma informação prévia de como é o trabalho desta pessoa. Além disso, vale dizer, que é de fundamental importância que, uma vez o tendo procurado, que você se sinta à vontade para expor suas dificuldades, que exista um clima de cordialidade e confiança, principalmente, que se sinta acolhido pelo profissional quando as sessões de psicoterapia se iniciarem.

A qualificação do profissional, ou seja, sua experiência e o quanto está atualizado com a sua profissão também são fatores relevantes ao escolher um psicólogo.

Gláucia da Motta Bueno

Gláucia da Motta Bueno
CRP: 06/54229-6
Graduação: Centro Universitário UNORP - União das Faculdades do Norte Paulista
Mestre em Psicologia Clínica - PUCCamp
Especialista em Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR - Campinas

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Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
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