Atividade: Comunicação Oral (Pesquisa experimental básica)

 

TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) NO ADULTO

 

 ROSIANE GONÇALVES COELHO SILVA

 KARINA PACHELLI

 UNIP - Campinas

Este trabalho teve como principal objetivo analisar os dados obtidos a partir da aplicação de teste de TDAH em adultos. Foi aplicada a Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (ETDAH-AD), desenvolvido para adolescentes e adultos com idade compreendida entre 12 e 87 anos.  Essa escala auxilia no processo diagnóstico do TDAH, com a possibilidade de distinguir a apresentação do transtorno, a intensidade e o nível de prejuízo existente (leve, moderado e grave). A partir dos resultados obtidos, auxilia na identificação de habilidades e de funcionamento neuropsicológico do sujeito, bem como o(s) comportamento(s)-alvo de intervenção. Permite a elaboração de um plano de intervenção, seja esta psicológica, neuropsicológica, psicopedagógica, vocacional, profissional, entre outras. A escala conta com 69 itens organizados em cinco subescalas, denominadas como fatores, sendo elas: desatenção; impulsividade; aspectos emocionais;  autorregulação da atenção, da motivação e da ação;   e hiperatividade. Os resultados foram analisados de forma quantitativa, com base em normas de percentílicas, elaboradas a partir de estudos estatísticos que enfatizam a variável escolaridade para diferenciar o grupo amostral, com população brasileira, de acordo com cada fator. Participaram desta amostra 28 professores de diversas áreas de atuação, sendo do gênero feminino (N=16) e masculino (N=12). Dos 28 participantes, 7 não foram classificados com nenhum fator característico ao TDAH. Os demais foram classificados de acordo com a apresentação de comportamentos de cada um dos fatores: desatenção (N=11), impulsividade (N=8), aspectos emocionais (N=9), autorregulação da atenção, da motivação e da ação (N=9), e hiperatividade (N=12). Esses sujeitos obtiveram classificação média superior com percentil (65 a 80) que aponta dificuldade de nível moderado nos subdomínios das funções executivas, ou seja, na capacidade de regular o comportamento no estabelecimento de objetivos. E classificação superior com percentil (85 a 99) que apresenta prejuízos considerados de nível grave. Os dados obtidos estatisticamente sugerem que 11 participantes apresentaram um quadro de desatenção, impulsividade e de hiperatividade com alteração das funções executivas. Os demais sujeitos (N=10) apresentaram um quadro emocional e problemas na autorregulação. Na amostra do presente estudo, obtida 20% dos adultos possivelmente podem ser diagnosticados com TDAH, confirmando estudos anteriores que indicam que 4,4 % da população adulta pode ter TDAH e que 80% dos casos tiveram início na infância. Faz-se necessários mais estudos a fim de elucidar dúvidas ainda existentes sobre o problema e divulgar informações básicas para a população que na grande maioria desconhece a existência do TDAH.

 

Palavras-chave:  Distúrbio Neurofisiológico; adultos; TDAH.