Atividade: Palestra

 

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E PSICOLOGIA: PRÁTICAS ATUAIS VERSUS DEMANDAS E DESAFIOS

 

MARIA ELIZABETH S. CAETANO

Universidade Metodista de Piracicaba

 

Cada vez mais o TRABALHO se torna importante para uma pessoa e por mais que o caminho para o mercado de trabalho possa parecer natural, ele não o é. Escolher qual caminho trilhar tem se tornado sofrido para as pessoas e todos aqueles que com elas convivem. A angústia que acompanha a escolha profissional ou a decorrente das consequências de uma vida profissional insatisfatória tem comparecido nas diferentes etapas da vida de uma pessoa e discutida em diferentes lugares como, por exemplo, nos consultórios de psicólogos e outros profissionais, nas famílias, nas organizações e na sociedade. Os programas de Orientação Profissional (OP) têm como objetivo contribuir para facilitar a escolha de uma profissão/atuação profissional junto a um indivíduo ou para o auxiliar no desenvolvimento de uma carreira profissional. A OP se desenvolve por meio de encontros estruturados e de técnicas específicas que possibilitam discriminar o perfil do orientando, as diferentes possibilidades profissionais compatíveis com tal perfil e as exigências do mercado de trabalho inerente a cada escolha. Todo o processo de OP inicia-se com o autoconhecimento (características pessoais, interesses, habilidades, critérios de escolha, valores, condições motivacionais, influências ambientais, etc.) e este módulo tem sido desafiador, pois o seu princípio é a descrição, pelo orientando, de si mesmo e a identificação de seu ambiente. Ao se trabalhar o módulo  de autoconhecimento, com o vestibulando, depara-se com a barreira da pouca idade e da ausência de informações sobre a realidade da vida profissional; o egresso da graduação tem dificuldades em transpor seus conhecimentos da vida acadêmica para o mercado de trabalho (identificação do ambiente); a pessoa que busca migrar de função ou reinserir-se no mercado de trabalho sente-se desorientada com as rápidas mudanças desse e com o redesenho das funções/ocupações; e, aquela que se prepara para a aposentadoria se assusta frente ao desafio de escolher entre usufruir melhor de seu tempo e a perda do sentimento de utilidade que a vida laboral lhe fornece. Esse conjunto de desafios faz com que a pessoa se questione: Quem sou eu nesse momento? E, agora, como faço? Essa nova demanda tem, também, desafiado o orientador profissional que necessita repensar seu trabalho e seus procedimentos ao longo do processo de OP. Nessa perspectiva, o objetivo desse encontro é apresentar como fazemos um processo de Orientação Profissional, no que ele tem sido precário para atender a atual demanda e discutir novas possibilidades para esse fazer.