Atividade: Palestra
DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O BEHAVIORISMO CLÁSSICO E O BEHAVIORISMO RADICAL: DESFAZENDO COMPARAÇÕES IMPRECISAS
BRUNO ANGELO STRAPASSON
Universidade Federal do Paraná
A comparação entre teorias psicológicas pode trazer muitos benefícios para a compreensão das teorias comparadas. Ao se realizarem comparações evidenciam-se similaridades e diferenças facilitando a identificação de elementos pré-textuais e contextuais da produção das teorias. O Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, a filosofia que embasa a Análise do Comportamento, tem sido caracterizada frequentemente a partir do contraste com formas anteriores de behaviorismo, em especial com aquelas mencionadas pelo próprio Skinner, a saber: com o behaviorismo clássico de John B. Watson e com o Behaviorismo Metodológico. Entretanto, é frequente a caracterização deturpada dos behaviorismos clássico e metodológico, o que traz implicações diretas para a compreensão do Behaviorismo Radical de Skinner quando caracterizado por meio desse contraste. Nessa apresentação pretendo esclarecer as diferenças mais marcantes entre o Behaviorismo Clássico de Watson e o Behaviorismo Radical de Skinner dando ênfase ao compromissos filosóficos com o monismo, à abordagem dada à linguagem e aos eventos privados, a exigência de acordo entre observadores e ao modelo de seleção por consequências como critérios de diferenciação entre as formas mencionadas de behaviorismo.
Palavras-chave: Behaviorismo Clássico, Behaviorismo Radical, B. F. Skinner, J. B. Watson