Atividade: Mesa Redonda
REFLEXÕES SOBRE O CONTROLE AVERSIVO
POR QUE O CONTROLE AVERSIVO AINDA É O “VILÃO DA HISTÓRIA”?
DENIGÉS MAUREL REGIS NETO
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
A área do controle aversivo levanta controvérsias quanto a diversos aspectos, por exemplo: 1. Possibilidade de uma distinção clara entre os tipos de controle considerados aversivos e não-aversivos; 2. As reais implicações do uso deste tipo de controle sobre o comportamento; 3. Se o controle social seria possível sem métodos coercitivos; 4. Se os métodos considerados ‘não-aversivos’ estariam livres de subprodutos indesejáveis; e ainda quanto 5. a ética na pesquisa e aplicação das tecnologias comportamentais que possam envolver tais tipos de controle. A fala pretende apresentar brevemente 1. alguns contornos tradicionais da distinção entre os controles aversivos e não-aversivos; em seguida 2. alguns problemas desta distinção serão destacados; mas, ainda assim, 3. serão sugeridos outros critérios que permitam alguma distinção útil entre os dois tipos de controle fundamentado no conceito de Operações Motivadora, e seus subtipos. Esta distinção se basearia na (a) intensidade das motivações envolvidas no controle das respostas analisadas; (b) nas implicações desta motivação para o repertório global do organismo nas condições presentes e futuras; e (c) nos arranjos arbitrários e naturais das contingências em vigor. Exemplos do debate na literatura entre a distinção entre Reforçamento Positivo e Reforçamento Negativo serão utilizados para ilustrar algumas vantagens da manutenção desta distinção; e algumas características de relações de Reforçamento Positivo serão exploradas para identificar o que poderiam torna-las ‘coercitivas’. Após a discussão conceitual, algumas implicações éticas serão sugeridas para debate.
Palavras chave: Punição; Reforçamento Negativo, Ética; Análise do Comportamento.