Atividade: Curso

 

O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO NO TRABALHO ABA COM INDIVÍDUOS AUTISTAS

 

CÍNTIA GUILHARDI

Leila Bagaiolo

Claudia Romano

 

Grupo Gradual

 

 

Sabe-se que o trabalho ABA com indivíduos diagnosticados com TEA deve ser intensivo (40 horas semanais). Para dar conta desta demanda, os analistas do comportamento têm se preocupado em estender as horas de intervenção comportamental com o treinamento e capacitação de Acompanhantes Terapêuticos (AT). Focando neste propósito, o curso tem como objetivo discutir o papel do acompanhante terapêutico, na perspectiva da Análise do Comportamento Aplicada, na intervenção com crianças diagnosticadas dentro do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Os Acompanhantes Terapêuticos não precisam ter uma formação específica. Eles podem ser profissionais ou estudantes da área da saúde (Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem etc.), da educação (Pedagogia, Educação Física) ou  para-profissionais (cuidadores, pais, parentes etc.), que tenham disponibilidade de tempo para maximizar as horas de intervenção comportamental e que possam ter sua atuação direcionada e supervisionada por um Psicólogo com boa formação em Análise do Comportamento/ABA. O AT pode atuar em diferentes ambientes que o indivíduo diagnosticado com TEA possa vir a frequentar: escola, casa, cinema, passeios, consultórios de atendimento etc. Além disso, sua atuação pode abarcar: a aplicação de procedimentos de ensino em contexto individualizados (ensino de habilidades pré-requisitos, por exemplo); a maximização  do número de horas de estimulação específica em qualquer ambiente (uso de comunicação alternativa durante as refeições, por exemplo); a aplicação de estratégias de generalização de habilidades já aprendidas (imitar na escola, por exemplo); a produção de materiais  (estímulos visuais, adaptação de material escolar, pistas visuais etc.) sob supervisão do analista do comportamento e da equipe pedagógica e, por fim, o AT pode registrar e contabilizar os dados indispensáveis para o acompanhamento do caso (quantas vezes ao dia a criança iniciou interações verbais espontâneas, por exemplo).