Atividade: Comunicação oral (Estudo de caso clínico)

 

A RESISTÊNCIA DO CLIENTE EM UM PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO SOB A

PERSPECTIVA DA TERAPIA POR CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO (TCR)

 

LETÍCIA RODRIGUES SANTANA
Iara Araujo Miorim
Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento

 

Pedro iniciou a psicoterapia com 12 anos de idade, cursando o sétimo ano do Ensino Fundamental II. Filho primogênito de uma família de mais dois irmãos, Lucas (10) e Lara (5), residia em um bairro de classe média na capital de seu estado com seus irmãos e pais, Ana (39) e José (43). Iniciou a psicoterapia em função de algumas queixas relacionadas à dificuldade de interação social. A partir dos relatos dos pais e do contato com o cliente, a psicoterapeuta identificou déficits de repertório social em contextos diversos, déficits de repertório de autocuidado, excesso de responsabilidade e de comportamentos governados por regras que tornavam o cliente muitas vezes insensível aos reforçadores disponíveis nos ambientes. Outra dificuldade, esta identificada nos pais, foi o baixo engajamento para consequenciar o cliente de forma adequada e para oferecer modelos dos comportamentos que esperavam observar no repertório do filho. Alguns objetivos do processo psicoterapêutico foram: (a) ampliar o repertório social do cliente; (b) levar o cliente a ficar sob controle de estímulos que favorecessem a emissão de comportamentos sociais desejados, que favorecessem a produção de reforçadores positivos; (c) instalar, nos pais, repertórios que auxiliassem na educação dos filhos. Alguns dos procedimentos e atividades utilizados foram: tarefas e desafios (tais como: descobrir novas informações sobre os colegas da sala, descrever os nomes de todos os colegas da turma de teatro e uma característica de cada um deles, identificar um colega da sala com dificuldades em matemática e oferecer ajuda, etc.); análise das Contingências de Reforçamento (CR) em operação; apresentação de instruções verbais para o cliente e para os pais.  Como resultados, pode-se observar uma ampliação no repertório social de Pedro, tanto com os pares quanto com os familiares, no repertório de autocuidado, no que se refere à alimentação adequada e à prática de exercícios físicos, e um aumento da sensibilidade do cliente às CR em operação.

 

Palavras- chave: orientação de pais; Terapia por Contingência de Reforçamento (TCR); terapia com criança; sensibilidade às consequências.